Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro, especialmente, de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia muito duro de trabalho.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas, bastante, queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro o que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia, e engolido cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
“Amor, eu adoro torrada queimada…”
Mais tarde, naquela mesma noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada.
Ele me envolveu em seus braços e me disse:
“Filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada… Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado ou cozinheiro!”
* * *
O que tenho aprendido, através dos anos, é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças, entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes, para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e amigos.
Não ponha a chave de sua felicidade, no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.
Procure ver pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dEle. Você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas poderão se esquecer do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.
Gastamos muito tempo e muitas energias, nos importando com coisas pequenas, pequenos aborrecimentos, pequenas querelas que não levam a lugar algum.
Acabam, sim, sempre nos fazendo mal, estragando o dia, que tinha tudo para ser tão proveitoso, se houvéssemos escolhido o caminho da compreensão, da paz.
A empatia e a caridade salvarão o mundo. Assim, urge que tenhamos estas duas virtudes muito bem construídas no coração.
Trace planos, estabeleça objetivos que compreendam a empatia e a caridade em sua vida, e perceba que os bons resultados, na forma de felicidade intensa, virão imediatamente.
Autor desconhecido.